Volei do Brasil dá espetáculo no pan!

21/10/2011 01:42

Em um jogo digno de Brasil e Cuba, a equipe do brasil bate por 3 a 2 em um verdadeiro show do vôlei no pan de Guadalajara.

Guadalajara 2011

Brasil se vinga e bate Cuba na final do vôlei feminino

De maneira dramática, Brasil devolve a derrota do Rio-2007 e é ouro em Guadalajara

Vôlei 700

Brasil bateu Cuba e se vingou do da final do Pan do Rio de Janeiro

Quatro anos depois da dolorida derrota em casa nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, a seleção brasileira feminina de vôlei conseguiu a revanche. Na noite desta quinta-feira (20), o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães derrotou Cuba por 3 set a 2, parciais de 25-15, 21-25, 25-21, 21-25 e 15-10 e conquistou a medalha de ouro em Guadalajara-2011. 

Esta é a 14ª vez que o país sobe ao ponto mais alto do pódio na competição, dois a mais que o Canadá, segundo colocado no quadro de medalhas. Os Estados Unidos lideram, com 34 títulos na disputa mexicana. 

Este é também é o quatro ouro brasileiro na história do vôlei feminino em Pans, que antes havia vencido em 1959, 1963 e 1999. Em Santo Domingo-2003, porém, o país optou por levar uma equipe formada basicamente por juvenis, enquanto há quatro anos a equipe base agora campeã em Guadalajara caiu por 3 a 2 diante da mesma Cuba na decisão. 

A decisão do vôlei feminino era uma das mais aguardadas do Pan. Tanto que o ginásio estava completamente lotado e com presenças ilustres, caso do ex-jogador Romário, do presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, e de toda a seleção masculina cubana. 

Com a pressão de ser campeão olímpico e líder do ranking mundial, o Brasil começou arrasador e logo no primeiro tempo técnico da partida possuía 8 a 3 no placar. Do outro lado da quadra, as cubanas erravam muito e eram presas fáceis do bloqueio verde-amarelo. Para piorar a situação das caribenhas, a ponteira Mari mostrava que estava em noite inspirada. 

Sob o comando de Cleger, que entrou bem no lugar da experiente Santos ainda no primeiro set, Cuba reagiu na segunda etapa. Por insistir muito nas bolas para Mari, que passou a ser bem mercada pelo bloqueio rival, Dani Lins foi substituída por Fabíola. Já a até então discreta Sheilla deu lugar a Tandara. 

Nada, porém, mudou e as duas titulares logo estavam de volta à quadra. Com a aproximação do Brasil no placar, o técnico Juan Carlos Gala colocou Santos de volta no lugar de Cleger, mas a jogadora foi ineficiente duas vezes, as brasileiras encostaram de vez e ela voltou ao banco. O problema é que Silva fez uma excelente passagem no saque, com dois aces e praticamente definiu a parcial, encerrada em um ataque de Cleger. 
 


Embalada pela vitória, Cuba tentou escapar na terceira parcial. Perto do primeiro tempo técnico, Zé Roberto então fez a alteração que mudou os rumos do set, com Fernanda Garay entrando muito bem no lugar de Paula Pequeno. As cubanas voltaram a errar muito, diversas vezes de maneira boba. Um mau momento de Dani Lins quase colocou em risco a vitória na parcial, mas a ela foi encerrada a favor do time verde-amarelo em um erro de saque de Palacios.

O Brasil teve diversas chances de garantir a quarta etapa, mas começou a se complicar. Mari, por exemplo, começou a errar diversos passes e foi substituída por Paula Pequeno. O time, entretanto, continou a jogar muito mal, sofrendo com o saque caribenho e, mesmo com diversas substituições, chegou a estar perdendo por 24 a 15. De repente, a equipe reagiu de maneira impressionante, mas não foi suficiente para evitar a decisão no tie-break. No tie-break, o Brasil errou menos e fechou a partida ao vencer por 15 a 10.